sábado, agosto 31, 2013

O AMOR CHEGOU

O Amor Chegou
Abra as janelas do imo deixe o amor submergir
Pelas entranhas da paixão que nos traz o alenta,
Do ambicionar rastejante, a claridade do refletir,
Pensamentos conflagrados em auroras intensas...
 
Ardentes e na tua face, a translucidez da pérola,
Espelho, luz oculta em que me faz o teu mistério,
Fronteira do céu proveitoso e afetuoso. Pantera,
Quem conviverá o amor e quem anulará o tédio?
 
Quem se entregará festivo as delícias dos beijos,
De mãos dadas e passagens abertas ao assédio
Felizes, a sorrir? Que não nós! Anseios acesos...
 
A espalhar o alegre olhar pela paisagem em flor.
Sinto nossos olhos cerrados caírem em desejos
Dos céus, da terra ou do mar! O Amor chegou...
 
O Sibarita

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segunda-feira, agosto 26, 2013

C R O C H Ê


Crochê

 As perfeitas palavras e os sinais agudos
De ti, em que a aurora do amor impera,
Alcançam as chamas, erupção do Vesúvio,
Vulcão ativo que a sua ardência se revela...
 
Enquanto procuras conceituar a poesia,
Ventos frescos afagam minhas palavras
Acolchoadas em macramê e sem avarias
Incendeiam, teu coração, sem ressalvas...

Tu és tricotada com os meus fios de ouro,
O teu encanto revela-se no ponto a ponto
Feitos pelas tuas mãos. Mas, meu tesouro,
A nossa paixão se retribui no bate pronto...

Escrevo, respondes na lembrança do rosto,
Tão assim, não sei se real, virtual ou ficção.
Não sei também se para mim ou para outro,
Monossilábica, aí temos o embaça coração...

Dizes tu, se sim ou se não! O que transcende
Exterioriza sentimento, entre, as reticências.
Quem será o anjo dos textos? Tudo ascende
O amor e ficamos no limar das confidências...

Desta forma confinamos a direção, a certeza.
A plenitude, perfeição das palavras despidas,
O decifrar dos pontos bordados faz a beleza
Do ouro em pó que somos até que te decidas...

O Sibarita

terça-feira, agosto 20, 2013

ÔMODEU!

 

Ômodeu!
 
(NR. Leiam a tradução do baianês abaixo)
 
Ô dona piriguete, você está com ciúmes, é?
Se ligue viu? Sou madeira de dar em doido,
E se abrir a guarda, tô adentrando, faça fé!
Nécomigonão, eu passo o rodo, vou todo...
 
Sou boêmio, letrado nos prazeres da orgia,
Achego das fêmeas petitosas e largas ancas.
Na ponta do Humaitá umas luas de agonias
Em vontades cortejam essas noites santas...

 No meu olhar suave um oceano de ressacas,
O balançar das águas do mar é tome e tome.
Descaradas mãos nas ancas, a carne é fraca,
Negonas no quero é mais, o coro come, come...

Uma, duas, três vezes. Sobe e desce coqueiro
Geme a noite em delícias no querer da fissura.
A fenda aberta seduz o mastro rijo e brejeiro
Embocando adentro no entra e sai da usura...

Se rete não! Para que ciúmes? Alivie e sorria.
O meu sotaque molejo de baiano lhe alcança
Nas vontades escancaradas como sua alforria,
Imagine! Você bem tesuda. Eu, seu comilança...

É bom né? Diga aí se não é? Tudo no atrativo!
A marca das entregas no seu batom inspirado,
Os lábios contra lábios, assim, o princípio ativo
Do fogo, das chamas em desejos descarados...

 Mainha, só sei que tenho um coração tuaregue.
E se o coração bate, a carne treme sem enganos.
Portanto, quero saber se você come esse reggae,
Da luxúria, do barroco, do sagrado e do profano?

Ai amor! Sou douto e refinado,
Jogo-me nas copas do teu olhar
Movido pelas delícias do pecado.
Ah, sou um mar de lhe levar...

Ômodeudocéu! (kkk)

Zé Lalado
 


BAIANÊS EMPREGADO:
 
Piriguete – Mulher que se acha, Mulher atiçante.
Se ligue viu? – Fique esperta (o)
Sou madeira de dar em doido – Sou retado, Sou danado, Sou mais eu.
Abrir a guarda – Dar bobeira, ser fácil.
Tô adentrando, faça fé! – Estou entrando, acredite.
Nécomigonão – Não é comigo não.
Eu passo o rodo – Eu pego todas as mulheres.
Vou todo – Vou inteiro, Vou com vontade.
Achego das fêmeas petitosas – Amante das mulheres gostosas.
Largas ancas – Bunda grande.
Ponta do Humaitá – Um dos lugares mais bonito de Salvador na cidade baixa.
Umas luas de agonias – Luas desejosas.
Em vontades – Em quereres.
Noites santas – Noites de muito namoro.
Oceano de ressacas – Profundo quereres.
Tome e tome – Mandando ver no namoro, sexo sem descanso.
Descaradas mãos nas ancas – Buliçosas mãos acaricia a bunda da mulher.
A carne é fraca - Aceitação da carícia sem resistência. 
Negonas no quero é mais – Mulheres no prazer total e querendo mais.
O coro come, come – Sexo gostoso,  o pênis penetra em total prazer.
Uma, duas, três vezes – Varias vezes de gozos.
Sobe e desce coqueiro – Posição de fazer sexo, a mulher subindo e descendo no pênis.
Geme a noite em delícias – Urros de prazer a noite toda.
No querer da fissura – A vagina toda desejosa para penetração.
A fenda aberta seduz o mastro rijo e brejeiro – A vagina atraindo o pênis duro e delicioso.
Embocando adentro no entra e sai da usura – O pênis, entra e  sai, penetra na vagina gostosa.
Se rete não! – Não se zangue!
O meu sotaque molejo de baiano lhe alcança – O meu baianês (linguajar baiano) lhe convence.
Nas vontades escancaradas como sua alforria – A vontade dita é sua liberdade.
Você bem tesuda – Você bem gostosa.
Eu, seu comilança – Eu sou seu comedor, seu homem, seu gostoso.
É bom né? Diga aí se não é? – É muito bom, não é? Afirme se não é?
Tudo no atrativo! – Tudo no encanto.
A marca das entregas – Manchas do batom na roupa ou no corpo do homem.
Batom inspirado – Batom afrodisíaco, insinuante.
Principio ativo – Inicio da provocação dos desejos.
Desejos descarados – Desejos despudorados.
Mainha – Minha gostosa.
Coração tuaregue – Coração nômade, ambulante.
Se o coração bate – Os desejos estão vivos.
A carne treme sem enganos – Os gozos contínuos que estremecem.
Se você come esse reggae – Me diga se você acredita no que estou lhe dizendo, falando?
Ômodeu! – Ô meu Deus!
Ômodeudocéu! Ô meu Deus do Céu!
 
Zé Lalado






domingo, agosto 11, 2013

CONCUBINA

Concubina
 
Ave, Afrodite! Saúda-te o deus do amor!
Afetuoso como desejo é mel guaraçapé
Tão puro quanto fragrância pólen de flor
No teu coração avionado e o meu a pé...
  
Quero a ode do amor que o meu olhar induz,
Feiticeiro, mergulha na tua expressão felina.
Sensualidade, volúpia que me seduz/conduz
A abrasada meiguice de ti célica concubina...
  
Dai-me acolhida nos teus seios insinuativos
Que ouvirei o tic-tac do teu coração ardente.
A chama Inflamada do encanto deliberativo,
Delícias no referver dos prazeres inocentes...
 
Afunda a fronte no mar mulato do meu peito
Quando a pira do teu olhar em mim se alastra
E a lua inclina-se em derramas ao teu deleito
É, não maldigas da sorte se a noite for vasta...
 
 A dança aflorada, abrasadora das veleidades
No meu peito gasto de ti, a paixão, tem fome.
A voz do céu que consola  o amor de verdade
Denuncia aqui o lugar de origem e o teu nome...
  
Coração sertanejo do centro ao sul ao sudeste,
São passos utópicos logrando a mera empatia.
Ecos telepáticos, andarilhos olha o que fizestes?
-Ó Deus! Rogai por mim, tira-me desta agonia...
  
O Sibarita

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sexta-feira, agosto 02, 2013

ALHEADO

Alheado
 
Meu bem, sim, sei, te mando notícias
Requentadas nestes versos tão carentes
Que por certo e por tudo são relíquias
Pelo olhar absorvido das tuas lentes...
 
É que caminho mesmo na monotonia
Dos passos e outras receitas do amor
Em mutações na variação das agonias
A cada verso brotado como dor/flor...

Não sei olhar as coisas do teu presente
E assim, sigo e refaço o que já está feito
Ruminando desta temporada iminente
Em que só sei escrever a teu respeito...

E sobre faíscas/carícias dos meus alheios.
Estes são apenas os meus singulares temas
Como sol novo e céu azul dos teus esteios
Reinventando palavra cruas deste poema...

Mas, amor, há quanto tu desafias o tempo
Quando a noite chega e a luz do luar é fria?
Há quanto esperas o fim do mesmo tempo?
Choque de negror, o amor rediz o que dizia...

O Sibarita
 
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